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A COP28 CHEGOU AO FIM.

Atualizado: 19 de jan.



A 28ª Conferência do Clima da ONU (COP28) reuniu em Dubai, entre 30/11 e 13/12, delegações de quase 200 países para discutir diversas temáticas relacionadas às mudanças climáticas, proteção ao meio ambiente e transição energética. A comitiva brasileira foi a maior de sua história e tinha cerca de 3 mil pessoas.


A COP28 proporcionou um ambiente em que autoridades políticas, empresários, investidores, jornalistas e membros da sociedade civil puderam debater e desenvolver propostas com vistas a reduzir os impactos que o aquecimento global tem produzido em nosso planeta.


Os debates que ocorreram na COP28 foram revestidos de urgência, pois os eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes, sendo que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) devem ser reduzidas rapidamente com o intuito de alcançar a meta ambiciosa prevista no Acordo de Paris, que visa evitar que o aquecimento climático ultrapasse 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais.


Durante a Conferência, as tratativas estavam focadas na descarbonização e na transição energética. Como resultado, o acordo final do evento prevê resumidamente:


(i) Triplicar a capacidade de oferta de energias renováveis e duplicar a eficiência energética até 2030;

(ii) Acelerar os esforços para a redução gradual da energia a carvão não consumida;

(iii) Acelerar investimentos em todo o mundo para sistemas energéticos de baixo carbono, permitindo a transição energética de forma justa, ordenada, equitativa e segura, acelerando a ação nesta década crítica, de modo a atingir zero emissões líquidas até 2050, de acordo com a ciência;

(iv) Acelerar a redução das emissões provenientes do transporte rodoviário, inclusive por meio do desenvolvimento de infraestrutura e da rápida implantação de veículos com emissão zero ou baixa; e

(v) Abandonar gradualmente subsídios ineficientes ao combustível fóssil que não sejam direcionados para a eliminação da pobreza energética.


O acordo final foi um marco, pois foi a primeira vez em que se constou a necessidade de transição dos combustíveis fósseis, no entanto, sem estabelecer data para que os países deixem de usar esses combustíveis.


Por outro lado, reconheceu-se que os combustíveis de transição podem desempenhar papel importante na facilitação da transição energética, garantindo a sua segurança.


Assim, apesar do compromisso, a responsabilidade pela concretização da transição energética recai sobre o mercado, investidores e consumidores, demandando investimentos de grande monta para que seja possível atingir emissões líquidas zero até 2050.


A próxima COP (COP-29) está prevista para acontecer entre os dias 11 e 22 de novembro de 2024 em Baku, no Azerbaijão.

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